Folha da Manhã
Carlos Chagas
Carlos Chagas
A sem-vergonhice e a cara de pau de alguns dos atuais integrantes da Câmara Municipal de Passos realmente salta aos olhos. No momento em que a sociedade já se julgava livre da ameaça de ter de desembolsar mais recursos para custear vereadores e assessores, a discussão de aumento do número de sorrateiramente volta e encontra patrocínio dentre os atuais “representantes do povo”.
Mais ridículos, porém, que os políticos apoiadores da ideia, são os argumentos que em seu suporte eles invocam. O primeiro deles é que os pequenos partidos, ou melhor, as “legendas de ” da cidade, justamente aquelas que sobrevivem dos vereadores que elegem e dos cargos na prefeitura que angariam em razão do apoio desses mesmos parlamentares ao prefeito de plantão, restariam sem representação política. É difícil saber qual a desvantagem para o povo, para o contribuinte que custeia a farra com o dinheiro público, em se desonerar desses fardos.
O segundo argumento é que os recursos destinados ao Poder legislativo são fixados pela Constituição Federal e o aumento de cadeiras para vereadores e o consequente incremento de cargos para seus parentes e cabos eleitorais, que sempre vem junto no pacote, não redundariam no aumento de despesas, porque o orçamento já é constitucionalmente pré-fixado. Nesse ponto, o que os malandros se “esquecem” de dizer ao povo é que com menos vereadores e menos vagabundos e desocupados empregados na Câmara Municipal, os recursos destinados ao Poder Legislativo podem sobrar e neste caso devem ser devolvidos à Prefeitura para que esta os utilize em benefício da comunidade, como compra de remédios, contratação de médicos, manutenção do asfalto das ruas e tudo o mais que sempre falta e a municipalidade alega falta de recursos para não fazer.
Desse modo, o aumento do número de vereadores pode até ser constitucionalmente permitido, mas traduz mais uma clara imoralidade contra um povo que já é vítima de tantas delas perpetradas pelos seus representantes no município. O lado positivo, e não é para o povo, é conservar o mandato de alguns dos atuais vereadores e lhes engordar os seus bolsos, dos seus parentes e apadrinhados. Olho aberto com eles e com esses seus “argumentos”.
CARLOS CHAGAS, jurista e jornalista, é Presidente do Instituto AmaPassos de Defesa da Cidadania e escreve quinzenalmente às sextas feiras nesta coluna. carlinho_chagas@yahoo.com.brcarlos chagas ll
Mais ridículos, porém, que os políticos apoiadores da ideia, são os argumentos que em seu suporte eles invocam. O primeiro deles é que os pequenos partidos, ou melhor, as “legendas de ” da cidade, justamente aquelas que sobrevivem dos vereadores que elegem e dos cargos na prefeitura que angariam em razão do apoio desses mesmos parlamentares ao prefeito de plantão, restariam sem representação política. É difícil saber qual a desvantagem para o povo, para o contribuinte que custeia a farra com o dinheiro público, em se desonerar desses fardos.
O segundo argumento é que os recursos destinados ao Poder legislativo são fixados pela Constituição Federal e o aumento de cadeiras para vereadores e o consequente incremento de cargos para seus parentes e cabos eleitorais, que sempre vem junto no pacote, não redundariam no aumento de despesas, porque o orçamento já é constitucionalmente pré-fixado. Nesse ponto, o que os malandros se “esquecem” de dizer ao povo é que com menos vereadores e menos vagabundos e desocupados empregados na Câmara Municipal, os recursos destinados ao Poder Legislativo podem sobrar e neste caso devem ser devolvidos à Prefeitura para que esta os utilize em benefício da comunidade, como compra de remédios, contratação de médicos, manutenção do asfalto das ruas e tudo o mais que sempre falta e a municipalidade alega falta de recursos para não fazer.
Desse modo, o aumento do número de vereadores pode até ser constitucionalmente permitido, mas traduz mais uma clara imoralidade contra um povo que já é vítima de tantas delas perpetradas pelos seus representantes no município. O lado positivo, e não é para o povo, é conservar o mandato de alguns dos atuais vereadores e lhes engordar os seus bolsos, dos seus parentes e apadrinhados. Olho aberto com eles e com esses seus “argumentos”.
CARLOS CHAGAS, jurista e jornalista, é Presidente do Instituto AmaPassos de Defesa da Cidadania e escreve quinzenalmente às sextas feiras nesta coluna. carlinho_chagas@yahoo.com.brcarlos chagas ll