Adorei essa resenha da vida de cachorro,o blog que tem seu endereço ao link abaixo sua busca e seguir por twitter que para mim é triste devido que tenho somente blog por opção.
VIDA DE CACHORRO (1918)
Fonte:Filmes em Geral #15https://cinemaedebate.com/2010/10/18/o-garoto-1921/
Dirigido por Charles Chaplin.
Elenco: Charles
Chaplin, Edna Purviance, Syd Chaplin, Henry Bergman, Charles Reisner, Albert
Austin e Tom Wilson.
Roteiro: Charles Chaplin.
Produção: Charles Chaplin.
Charles Chaplin já
demonstrava seu incrível talento neste “Vida de Cachorro”, curta metragem que
aborda superficialmente temas que ainda seriam melhor explorados pelo genial
diretor em seus próximos filmes. Ainda assim, é possível se divertir e se
emocionar nos 40 minutos desta pequena jóia estrelada pelo tradicional
vagabundo.
Um vagabundo
(Chaplin) salva a vida de um cachorro na rua quando este é atacado por outros
cães. Com o pobre cão escondido nas calças, ele entra num salão de baile, onde
uma cantora desafinada é explorada pelo dono do estabelecimento. É então que
dois ladrões roubam a carteira de um milionário bêbado e escondem justamente no
local onde dorme o vagabundo, que encontraria ali a chance de mudar
definitivamente de vida.
O curta “Vida de
Cachorro” tem toda a cara do cinema mudo que traria fama e glória para Chaplin
futuramente, com trilha sonora presente durante todo o tempo, letreiros brancos
com fundo negro mostrando os diálogos e todo o talento do talentoso ator e
diretor para expressar sentimentos e provocar o riso. As inúmeras gagsvisuais já demonstravam o talento do ator para a
comédia, como na seqüência em que ele foge de um policial passando por baixo da
cerca, a clássica seqüência em que ele rouba comida e a sensacional fuga de
dentro do bar Lanterna Verde com os bandidos correndo atrás dele. Chaplin,
aliás, tem como sempre um desempenho fenomenal, provocando o riso e as lágrimas
sem necessitar de palavras, simplesmente através de expressões corporais. Vale
destacar, entre tantos momentos, a sensacional seqüência em que ele se faz
passar por um dos bandidos, que se encontrava desacordado, somente através dos
gestos de suas mãos. Edna Purviance, que interpreta a cantora desafinada do
salão, também se sai bem, fazendo um belo par com Carlitos.
A dificuldade de se
adaptar ao capitalismo, tema costumeiro nos filmes de Chaplin, aparece aqui na
cena em que o vagabundo tenta arrumar emprego sem sucesso e é reforçada pela
seqüência do assalto cometido por dois homens, evidenciando as conseqüências da
desigualdade social. A importância do dinheiro neste sistema também é abordada
pelo roteiro de Chaplin, quando o dono do bar expulsa o vagabundo simplesmente
pelo fato dele não ter dinheiro para pedir uma bebida, e fica ainda mais
evidente quando Carlitos diz para a cantora que “agora poderemos ficar no
país”, após encontrar a carteira de um homem rico. O final do curta mostra o
casal feliz, curtindo sua fazenda, graças ao dinheiro que encontraram na
carteira, o que não deixa de ser uma irônica crítica, pois eles só conseguiram
encontrar a felicidade desta maneira, já que não foram dadas oportunidades para
o crescimento de outra forma. E Chaplin, mais uma vez, mostra sua preferência
pela vida do campo em detrimento da loucura das grandes cidades.
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