adoença mentalOs ensinamentos da doença mental
É inexorável que qualquer situação da vida nos ensina algo, não seria diferente com a doença mental, esta nos ensina muito sobre o ser humano, sobre o ser e estar no contexto humanístico.
A partir da doença mental estabelecida e compreendida no contexto do Ser acometida por ela, nem sempre necessariamente diagnosticada, podemos iniciar uma série de ações e comportamentos que nos levam a um crescimento intelectual e de inter-relação pessoal.
Ao ser detectado um comportamento dito procedente de um transtorno mental, muitas vezes começamos a justificar todos os demais comportamentos da pessoa como sendo da doença, e mesmo que seja, atrás de cada comportamento há alguma situação que o desencadeia, que não é apenas da doença, e independente de doença, temos um Ser Humano, e isto significa dizer que independente da presença ou não de transtorno mental, devemos considerar primariamente o indivíduo.
A maior dificuldade hoje tanto enquanto familiar, sociedade, profissional da saúde e o próprio acometido pela doença, se insere justamente nesse patamar, considerar o ser independente de qualquer doença, transtorno. O conhecer a si mesmo e aos outros.
Atualmente há uma preocupação em entender a doença, os sintomas, os tratamentos, as drogas utilizadas para cada transtorno, uma tentativa de padronização. Que na verdade é necessária, porém apenas para fins burocráticos, por exemplo, epidemiológicos.
Porém se pensarmos um Ser com transtorno mental, apenas como um ser com comportamentos fora dos padrões que desejamos ele ter, aprendemos a reconhecer e a lidar melhor com as diferenças, aprendemos a criar alternativas de compatibilidade, o chamado meio termo para se viver bem. Começamos a perceber que para viver não é necessário seguirmos padrões do senso comum, apenas sermos nós mesmos, a única preocupação é seguirmos as leis, atos lícitos.
A doença mental ensina que ninguém se torna incapaz ou inválido por perder faculdades mentais, ou estar em um estágio de desequilíbrio emocional. E vou mais além, mostra a vulnerabilidade da mente humana, a incapacidade de suprirmos nossas próprias necessidades.
Isto que mais assunta na doença mental, não se trata da incapacidade, ou da periculosidade que o ser pode ter, mas da vulnerabilidade de não sabermos lidar, de não aceitarmos as diferenças, exacerba claramente nosso próprio egoísmo, pois se doar ao outro, tentar compreender um comportamento, ou tentar ajudar o outro a se encontrar, ou apenas estar ao lado dele quando precisa, transcende o limite de pensarmos apenas o que é bom para nós mesmos, e não para o outro.
Abrir mão de si pelo outro, nem que seja por minutos, horas ou dias, é muito. É abrir mão de si mesmo. Será? Absolutamente, a partir do momento que você busca a compreensão do outro, e ajuda-o a lidar melhor com as circunstâncias que ele vive, você acaba refletindo em si mesmo, até que ponto está sendo egoísta, até que ponto o seu comportamento não atinge/aflige o outro?
Enquanto para quem é acometido pelo transtorno aprende a viver com a adversidade, conhece melhor a si mesmo, tem condições de perceber com quem pode realmente contar ou não, consegue enxergar onde há o egoísmo, aprende a não mãos apenas ver o mundo, mas interpretar de forma a não ferir a si mesmo e ao outro.
Sem dúvida a doença mental em todas as suas esferas ensina, basta que quem se interesse pelo assunto, ou participe dessa dinâmica, esteja aberto para o aprendizado e não para si mesmo(lilian)
É inexorável que qualquer situação da vida nos ensina algo, não seria diferente com a doença mental, esta nos ensina muito sobre o ser humano, sobre o ser e estar no contexto humanístico.
A partir da doença mental estabelecida e compreendida no contexto do Ser acometida por ela, nem sempre necessariamente diagnosticada, podemos iniciar uma série de ações e comportamentos que nos levam a um crescimento intelectual e de inter-relação pessoal.
Ao ser detectado um comportamento dito procedente de um transtorno mental, muitas vezes começamos a justificar todos os demais comportamentos da pessoa como sendo da doença, e mesmo que seja, atrás de cada comportamento há alguma situação que o desencadeia, que não é apenas da doença, e independente de doença, temos um Ser Humano, e isto significa dizer que independente da presença ou não de transtorno mental, devemos considerar primariamente o indivíduo.
A maior dificuldade hoje tanto enquanto familiar, sociedade, profissional da saúde e o próprio acometido pela doença, se insere justamente nesse patamar, considerar o ser independente de qualquer doença, transtorno. O conhecer a si mesmo e aos outros.
Atualmente há uma preocupação em entender a doença, os sintomas, os tratamentos, as drogas utilizadas para cada transtorno, uma tentativa de padronização. Que na verdade é necessária, porém apenas para fins burocráticos, por exemplo, epidemiológicos.
Porém se pensarmos um Ser com transtorno mental, apenas como um ser com comportamentos fora dos padrões que desejamos ele ter, aprendemos a reconhecer e a lidar melhor com as diferenças, aprendemos a criar alternativas de compatibilidade, o chamado meio termo para se viver bem. Começamos a perceber que para viver não é necessário seguirmos padrões do senso comum, apenas sermos nós mesmos, a única preocupação é seguirmos as leis, atos lícitos.
A doença mental ensina que ninguém se torna incapaz ou inválido por perder faculdades mentais, ou estar em um estágio de desequilíbrio emocional. E vou mais além, mostra a vulnerabilidade da mente humana, a incapacidade de suprirmos nossas próprias necessidades.
Isto que mais assunta na doença mental, não se trata da incapacidade, ou da periculosidade que o ser pode ter, mas da vulnerabilidade de não sabermos lidar, de não aceitarmos as diferenças, exacerba claramente nosso próprio egoísmo, pois se doar ao outro, tentar compreender um comportamento, ou tentar ajudar o outro a se encontrar, ou apenas estar ao lado dele quando precisa, transcende o limite de pensarmos apenas o que é bom para nós mesmos, e não para o outro.
Abrir mão de si pelo outro, nem que seja por minutos, horas ou dias, é muito. É abrir mão de si mesmo. Será? Absolutamente, a partir do momento que você busca a compreensão do outro, e ajuda-o a lidar melhor com as circunstâncias que ele vive, você acaba refletindo em si mesmo, até que ponto está sendo egoísta, até que ponto o seu comportamento não atinge/aflige o outro?
Enquanto para quem é acometido pelo transtorno aprende a viver com a adversidade, conhece melhor a si mesmo, tem condições de perceber com quem pode realmente contar ou não, consegue enxergar onde há o egoísmo, aprende a não mãos apenas ver o mundo, mas interpretar de forma a não ferir a si mesmo e ao outro.
Sem dúvida a doença mental em todas as suas esferas ensina, basta que quem se interesse pelo assunto, ou participe dessa dinâmica, esteja aberto para o aprendizado e não para si mesmo(lilian)
Um comentário:
Adorei o artigo, e aproveito esse mesmo prisma, para falar que falta algum treinamento especial para que nós da area da saúde possamos acolher melhor esse tipo de paciente
Postar um comentário